Nuno Leal Maia, 68 anos, está fora da Globo desde Amor Eterno Amor, novela das seis de 2012, e nem pensa em voltar. Conhecido por papéis em tramas como A Gata Comeu (1985) e Malhação (1999 a 2001), ele afirma não ter interesse em retornar à TV aberta porque a qualidade caiu muito.
"Não sinto falta nenhuma. As novelas de hoje estão muito fracas, muito inferiores às que eram feitas na minha época. Eu gostava muito mais quando o autor tinha mais autonomia, escrevia sozinho ou tinha no máximo um ou dois assistentes. [Hoje] Muito raramente você assiste uma novela boa. Não recebi nenhum convite [para voltar à Globo], ainda bem", dispara.
Sem trabalho na TV, o ator voltou a morar em sua cidade natal, Santos (SP), e dedicou os últimos anos a cuidar da mãe doente. Ela está hospitalizada em estado terminal com Doença de Alzheimer, e Maia faz questão de cuidar dela na maior parte de seu tempo. "É isso que estou fazendo, cuidando um pouco, dando uma força. Agora arrumei pessoas para os cuidados. Estou aqui [em Itacaré, na Bahia] meio preocupado. Tenho que voltar para visitá-la", conta.
Maia está em Itacaré para as gravações de uma nova série infanto-juvenil da Disney. Ele é um dos atores principais do elenco de Juacas, produção que será veiculada em toda a América Latina. Seu personagem é um professor de surfe que lidera uma turma de garotos durante um campeonato do esporte. A estreia está prevista para 2017. "Já fiz muita coisa infanto-juvenil, fiz Malhação, novela com garotada. Estou acostumado, é estimulante", lembra.
O professor de Juacas não é o primeiro personagem da carreira de Maia que pega onda. Em 1989, ele interpretou o surfista Gaspar Kundera na novela Top Model. O papel fez sucesso com crianças e jovens e foi um de seus melhores trabalhos na TV.
Além da série, Maia tem vontade se dedicar ao cinema. Seu filme mais recente foi Tainá - A Origem (2013). Ele é enfático ao dizer que o desejo de atuar ou produzir outro longa não falta _o que falta é dinheiro. "Tive várias ideias bacanas, mas nunca tive condição financeira para produzir cinema", lamenta.
Fonte: UOL